Uma das coisas mais importantes que aprendi ao longo do tempo é que na vida existe uma multiplicidade de paradigmas para tudo. Coisas que você viu, ouviu e aprendeu durante a infância, acha que é o correto, sempre achou natural e de direito, tratam-se de pontos de vista, a maioria de bem pouco tempo atrás.
Na verdade não é assim em todas as partes do mundo. Nem sempre foi assim no passado daquele mesmo lugar. Não é assim para as outras pessoas. Na verdade, o mundo em que você vive é bem peculiar. É a sua apropriação individual do que é a realidade. Não bastasse isso, a realidade coletiva é igualmente peculiar.
Os paradigmas que consideramos como direito natural, na verdade são fruto de um passado recente. Propriedade privada, os países constituídos em Estados, todo nosso modo de viver e conceber isso, são produtos do século XIX, e há quem diga que jamais fomos modernos. Nosso projeto de sociedade, a declaração de direitos humanos universais, tantas coisas e ideias que hoje vigoram, não são mais velhas que a segunda guerra mundial. É impressionante abandonar o mundo particular da infância e adentrar a fase contestatória da adolescência, quando percebemos outros mundos, passamos a questionar os fundamentos daquilo que nos impõem. Não pude entender na adolescência contestatória, contudo, o caráter relativo e subjetivo da ciência e do conhecimento. De como as informações que temos sobre o mundo são recentes, e poucas. Não sabemos mais do que sabemos se quer saber (me perdoe o trocadilho, como disse, estou ficando velho).
O que mais me chamou atenção, certamente, foram os novos paradigmas para arte. Acostumei-me a um estilo de pintura e escultura, uma certa literatura, ao normal demais, e a determinados paradigmas musicais. Descobrir a arte abstrata significou para mim entender o que se passou na cabeça do artista, e sentir a sensação que ele tentou imprimir na obra. As novas formas de narrar na literatura, os novos assuntos discutidos e nunca dante pensados. Concluí que a arte gera sensações diversas e intensas, que atinge a todos os tipos de público.
O ser humano é diverso. Sua realidade cultural tão plural está nas mais variadas formas de organizar a vida social, o trabalho, a cultura, espalhadas nas mais variadas paisagens do planeta. Aos poucos descobrimos que o outro pode ser muito diferente de nós, seja ele estrangeiro ou vizinho. Mudar as diretrizes e paradigmas. A Metamorfose Ambulante.
esse texto me lembrou uma conversa e uma tarde.
ResponderExcluirmas o título está bastante auto-ajuda.
um beijo
outro beijo
O título tem algo escondido.. que fala algo sobre a hora em que foi escrito.
ResponderExcluirentão acho que lembrei errado - não era a tarde que pensei.
ResponderExcluirmas já percebi
ainda assim é auto-ajuda
Mala.
ResponderExcluirA realidade não passa de ilusão.
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