"Acho que eu o vejo tocar. Talvez imerso em luz colorida. Ele no órgão, olhando para o outro, tocando guitarra, e ela cantando. É sinestésico, é envolvente, é colorido, é inebriante.”
Exagero? Quem te garante…?
É, acho que existe um outro mundo, rapaz. Talvez uma outra dimensão. Talvez não, com certeza, mas não a absoluta. Cara, diziam os filósofos que a realidade não é nada mais do que informações enganosas dos nossos sentidos. Platão falava do mito da caverna, lembra? Se eu falasse em Matrix, talvez te fizesse rir, certo?
Mas, ignore a ficção e tente responder o mais sinceramente possível à questão central do filme: se você estivesse num sonho e não conseguisse acordar, como saberia a diferença entre o mundo real e o mundo dos sonhos? São as velhas questões de volta.
É, acho mesmo que existe um meio de se acessar uma outra realidade, dimensão, o que for não importa, e ver tudo do modo como descrevi. Você, infelizmente, nunca vai saber do que se trata, mas saiba que muito do que você conhece e gosta foi feito assim, por pessoas assim. Eram tão parte dessa “outra dimensão” de que falo, que foram considerados gênios. Alguns eram tão de lá que parecem que fizeram o caminho inverso: vieram de lá pra cá, como foi o caso agora. Outros ficam por lá mais tempo do que por aqui, curiosíssimo não?
Não se trata apenas de um efeito, meu caro, mas uma forma de acesso à outra realidade ainda por desvendar, algo simplesmente tão fantástico que fica difícil descrever, e sinto em dizer que tais experiências são simplesmente intransferíveis. Triste verdade, não?
Agora, digo mais especificamente da música, é algo simplesmente fantástico, mas de um acesso muito restrito. Estranhou? Acredito que ouvir música muita gente ouve, mas sentir a música tão profundamente que até os sentidos táteis não se comparam à sensação produzida, isso já é ligeiramente mais raro. Que bom que ainda acontece hoje em dia, pois já cheguei a acreditar que talvez a música estivesse morta e que só restavam as heranças do passado. Estou em vias de rever essa posição, ainda não me decidi a respeito.
Ah, não mudemos de assunto, certo. Aliás, quer saber? Assunto encerrado. Não vou ficar mais argumentando, por três motivos. Primeiro, não quero mesmo mudar sua opinião, sou pouco samaritano nesse sentido e admito. Segundo, porque você deve ter notado que uso muitos “talvez” quando falo (se quiser, volte e conte no texto, mas esse entre aspas não conta). Isso demonstra que sou uma pessoa de pouca certezas e acho isso uma virtude. Diz uma frase do Raul: “você não tem perguntas pra fazer porque só tem verdades pra dizer”, e assino embaixo. E finalmente, terceiro, você está me fazendo perder a melhor parte da música!
Mas, ignore a ficção e tente responder o mais sinceramente possível à questão central do filme: se você estivesse num sonho e não conseguisse acordar, como saberia a diferença entre o mundo real e o mundo dos sonhos? São as velhas questões de volta.
É, acho mesmo que existe um meio de se acessar uma outra realidade, dimensão, o que for não importa, e ver tudo do modo como descrevi. Você, infelizmente, nunca vai saber do que se trata, mas saiba que muito do que você conhece e gosta foi feito assim, por pessoas assim. Eram tão parte dessa “outra dimensão” de que falo, que foram considerados gênios. Alguns eram tão de lá que parecem que fizeram o caminho inverso: vieram de lá pra cá, como foi o caso agora. Outros ficam por lá mais tempo do que por aqui, curiosíssimo não?
Não se trata apenas de um efeito, meu caro, mas uma forma de acesso à outra realidade ainda por desvendar, algo simplesmente tão fantástico que fica difícil descrever, e sinto em dizer que tais experiências são simplesmente intransferíveis. Triste verdade, não?
Agora, digo mais especificamente da música, é algo simplesmente fantástico, mas de um acesso muito restrito. Estranhou? Acredito que ouvir música muita gente ouve, mas sentir a música tão profundamente que até os sentidos táteis não se comparam à sensação produzida, isso já é ligeiramente mais raro. Que bom que ainda acontece hoje em dia, pois já cheguei a acreditar que talvez a música estivesse morta e que só restavam as heranças do passado. Estou em vias de rever essa posição, ainda não me decidi a respeito.
Ah, não mudemos de assunto, certo. Aliás, quer saber? Assunto encerrado. Não vou ficar mais argumentando, por três motivos. Primeiro, não quero mesmo mudar sua opinião, sou pouco samaritano nesse sentido e admito. Segundo, porque você deve ter notado que uso muitos “talvez” quando falo (se quiser, volte e conte no texto, mas esse entre aspas não conta). Isso demonstra que sou uma pessoa de pouca certezas e acho isso uma virtude. Diz uma frase do Raul: “você não tem perguntas pra fazer porque só tem verdades pra dizer”, e assino embaixo. E finalmente, terceiro, você está me fazendo perder a melhor parte da música!
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